Campina Grande entre o Céu e a Rocha
- Oxente PB
- 2 de mar. de 2021
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Campina Grande e Massaranduba contam com uma riqueza incomum: uma área de natureza ainda bastante preservada. Lá a Caatinga, nome indígena que significa Mata Branca, mistura-se a elementos de Mata Atlântica, dando morada a mais de uma centena de pássaros, além de muitos outros animais.
Grandes rochas esculpidas pelos séculos e espalhadas pelo terreno cingem à Terra o Céu. Em algumas delas, antigos humanos deixaram em pinturas algo da sua vida e alma, que nos dão um sentimento de continuidade e de pertencimento como espécie nossa. Essa área de natureza é para cada um e para as duas cidades um legado do tempo, janela para o nosso quinhão da história do planeta.
Ali, paisagem, atmosfera, sons, cheiros e a sua harmonia expressam vida, permanência e resiliência. Porém as variações em tudo o que se percebe vêm com cada nova hora do dia, época do ano e até com cada pequena chuva, que enfeita a Mata Branca com salpicos de verde, convites a celebrar a esperança e a alegria. Sim, a impermanência é parte profunda da ordem de mundo, e se reflete também na natureza humana.
Um local que nos conecta à nossa origem, história e essência é também parte da nossa proteção. É patrimônio e legado do qual precisamos usufruir, além de proteger para transmitir adiante. Ou tiraremos dos nossos filhos aquilo que o próprio tempo fez chegar até nós?
Josefina Moraes Arraut
Professora Adjunto da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas
Universidade Federal de Campina Grande
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