top of page

Governo do estado "passando a boiada" na serra da Borborema

  • Foto do escritor: Oxente PB
    Oxente PB
  • 22 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Foto:

Quem não se recorda da fatídica e icônica reunião de dia 22 de abril de 2020? Quando personagens de nossa república, em pleno planalto central, em “tenebrosas transações”, intentariam em meio a um funesto período de uma pandemia atroz, iniciaram uma conspiração contra nossa natureza.


Pois é...

E a boiada passou, não apenas na Amazônia ou no Pantanal.

O ideário anti sustentabilidade; anti humano; anticultural; antiartístico e antipoético, chegou à Serra de Teodósio - nossa Serra da Borborema, quando nos idos de outubro de 2020, o Governo do Estado da Paraíba, com um projeto de lei votado às pressas como um rastilho, extinguiu o único Parque natural de Campina Grande, o Parque do Poeta Juvenal de Oliveira, que desde 2004, esquecido e abandonado à própria sorte e natureza vilipendiada em seus mais de 200 hectares, sofreu seu golpe de morte. Isso para quê? Para dar à nossa cidade mais um exemplar de nossa “fauna publica do descaso”, um “elefante branco” chamado Centro e Convenções e uma Alça rodoviária que acertaria em cheio o coração da sustentabilidade Campinense – o Arco Metropolitano.


Em socorro ao Parque, a comunidade local mobilizou-se e num movimento social, suprapartidário, de amantes da natureza, da classe científica, dos esportistas de aventura, das entidades de classe, das organizações não governamentais e dos grupos ecumênicos diversos. E não foi em vão! Os poderes públicos municipais entenderam que sem o ar puro, a fauna e a flora exuberantes e o patrimônio histórico, artístico e cultural, não haveria futuro sem um passado preservado. Viva!! Criado, então, o Primeiro Parque Municipal Natural, o nosso “Parque Serra da Borborema”, ainda e dezembro de 2020.


Mas, a devastação ambiental travestida, ainda faz seu trottoir!!

Essa semana, sem que ninguém ficasse sabendo, num ato sorrateiro de “progresso”, o Governo do Estado, iniciou o projeto do Arco Metropolitano, sob o pretexto de avançar com um corredor logístico, e então, sem licença ambiental, sem anuência da comunidade nem do Poder público local, arrancou espécies de árvores como: Paus ferro (Caesalpinia férrea), Imburanas (Commiphora leptophloeos) e Juazeiros (Ziziphus joazeiro), habitats de mais de 100 espécies de pássaros e inúmeras espécies de repteis, e contadoras de nossa estória.


A reação...

O grupo Salve o Parque, atento e comprometido com a sustentabilidade do Patrimônio natural de Campina, iniciou ação acautelatória junto ao Ministério Público estadual, mobilizando as forças de defesa e fiscalização ambiental, requerendo ao Governo do Estado a pronta apresentação de todos os processos de licenciamento de seus projetos para a nossa cidade. Para atrapalhar o “progresso”? Não. Para garantir o futuro de nossos filhos e netos, para que eles conheçam toda a beleza, que um dia Teodósio e seus tropeiros viram, a qual fez de nossa Campina, nossa “cidade menina”, a nossa Rainha da Borborema.


Texto: Múcio Paz - Biólogo, Analista Ambiental e Mestrando em Recursos Naturais

2 commentaires


Mabel Calina Paz
Mabel Calina Paz
22 mars 2021

Triste realidade onde vimos o "poder público não entra em consonância com as equipes de preservação da natureza. Igual ao Ministério do Meio Ambiente, que falava que na pandemia era o momento de passar as,atrocidades de devastação.

J'aime

Joaci dos Santos Cerqueira
Joaci dos Santos Cerqueira
22 mars 2021

Parabéns Múcio! Infelizmente, os interesses políticos não são opíparos a preservação dos recursos naturais, principalmente, aos resquícios vegetacionais que ainda persistem em nossa região. Nossa Campina Grande-PB já é carente de espécies arbóreas, com essas ações negativas, as coisas só pioram.

J'aime

Receba nossas atualizações

Obrigado pelo envio!

© 2020 por Oxente Brasil. 

bottom of page