Mestre em genética Prof. Eduardo Adelino, fala sobre mitos e fatos sobre a vacina da covid-19
- Oxente PB
- 24 de mar. de 2021
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professor explicou que um dos motivos da agilidade dos laboratórios, é que o vírus tem o material genético conhecido pelos cientistas e isso facilitou a rapidez no desenvolvimento da vacina.

Foto: Oxente Brasil / Joilson Santana
Depois que o mundo foi tomado pela pandemia caudado pela covid-19, ficou a esperança que logo chegasse à vacina. Laboratórios do mundo inteiro pararam para desenvolver o mais rápido possível o imunizante, para tentar diminuir os problemas causados pela doença.
E, a vacina chegou, enquanto uns comemoraram a destreza dos laboratórios, outros receberam a notícia com muita desconfiança, a grande maioria motivados por questões ideológicas. Para tirar algumas dúvidas sobre a vacinação, a Rádio Shallon convidou nesta quarta-feira, 24, o biomédico, Mestre em Genética e professor de Biomedicina da UNINASSAU. Eduardo Adelino.
O professor explicou que um dos motivos da agilidade dos laboratórios, é que o vírus tem o material genético conhecido pelos cientistas e isso facilitou a rapidez no desenvolvimento da vacina.
“O novo corona vírus é membro de uma família de coronavírus já antiga, que já provocam infecções naquela área da China desde a década de 60. Naquela época já acontecia alguns surtos.
O biomédico continuou dizendo que em 2000 houve o primeiro grande surto pelo antigo coronavírus que acometeu na China, Hong Kong e outras regiões da Ásia. Porém o novo contém as semelhanças do antigo vírus e é esse o caminho que os pesquisadores tomaram para desenvolver a vacina. “E foi por isso que a vacina saiu tão rápido, porque não é um vírus totalmente desconhecido do seu material genético”, disse.
Questionado se a população ainda está mal informada, ela foi categórico, “muito”. E lamentou inclusive por conhecer profissionais de saúde que são contra a vacina. Principalmente, porque o Brasil é pioneiro e sempre foi referência em vacinação.
“É claro que tem que ter uma criticidade, mas baseada no conhecimento, sempre com base no conhecimento, não no que eu acho, não em convicções pessoais, com ideologias políticas, a gente não pode fazer isso.” E continuo dizendo que quando questiona esses profissionais, a resposta nunca vem com argumentos científicos e sim, ideólogos.
E é uma lástima que profissionais que deveriam está trabalhando para amenizar os estragos que a pandemia tem causado no país, estejam tomando decisões com a vida das pessoas, baseado em posicionamentos políticos.
Assista à entrevista completa:
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