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Na mira do CNJ, juíza ensina a driblar uso de máscara em shopping

  • Foto do escritor: Oxente PB
    Oxente PB
  • 5 de jan. de 2021
  • 2 min de leitura

A juíza carioca, mas que mora em Minas Gerais, é alvo de uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Foto: Reprodução/internet

A juíza Ludmila Lins Grilo, que usou as redes sociais para defender aglomerações durante o Ano Novo, voltou a instigar seus seguidores a driblarem as normas de prevenção contra a covid-19. Em sua conta no Twitter, a magistrada ensinou um "truque"para andar de máscara em locais públicos sem sofrer punições.


"Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso", anunciou a juíza em um post. Andando em um shopping, Ludmila buscou demonstrar seu ponto com um pote com duas bolas de sorvete. "1- compre um sorvete; 2- pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral; 3- caminhe naturalmente."

A juíza carioca, mas que mora em Minas Gerais, é alvo de uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que analisa ações de membros do poder Judiciário. A reclamação disciplinar foi enviada por um advogado nesta segunda-feira (4) à corte.


A magistrada é titular da Vara Criminal e da Infância e da Juventude em Unaí, interior de Minas Gerais. No dia do réveillon, Ludmila foi à sua conta no Twitter, com 140 mil seguidores, e desejou um feliz ano novo acompanhado da hashtag "Aglomerabrasil".


No dia seguinte, ela postou um vídeo com o movimento de pessoas na cidade Armação dos Búzios (RJ), onde disse estar. Ludmila afirmou que o vídeo, indicando pedestres descumprindo ordens do uso de máscara e sem distanciamento social para combater a pandemia de covid-19, mostraria "uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão."


Às críticas que se seguiram nos dias seguintes, Ludmila reagiu com forte ironia. Em uma das postagens, no domingo (3), a magistrada publicou um meme com a possibilidade de suas opiniões serem reportadas ao CNJ.


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A denúncia ao Conselho foi feita. Em uma peça apresentada nesta segunda-feira (4), um advogado do Mato Grosso do Sul considerou que a ação da juíza merece ser analisada pela corte disciplinar. "As pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconsequente manifestação", escreveu José Belga Assis Trad, autor do pedido, "que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva."


O problema mais grave, segundo o advogado, é a confusão de papéis que esta fala poderia causar. "Ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista, o público que tem acesso ao conteúdo das postagens da doutora Ludmila Lins Grilo passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura", apontou o advogado.


Fonte: Congresso em Foco


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