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Nova cepa do coronavírus surgida em Manaus, pode tomar país em um mês, estima cientista

  • Foto do escritor: Oxente PB
    Oxente PB
  • 29 de jan. de 2021
  • 2 min de leitura

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta também se manifestou sobre o assunto e alertou que a nova variante pode provocar uma megaepidemia no Brasil em 60 dias.

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Foto: Reprodução

A nova cepa do coronavírus, encontrada inicialmente em Manaus , já está em 91% das amostras de vírus sequenciadas no Amazonas e pode ter sabotado a imunidade coletiva de Covid-19 que existia na cidade, e há o perigo da nova variante se espelhar em um mês pelo país, afirmam cientistas que monitoram a situação.


"Provavelmente essa nova variante já está em outras regiões do país, e é questão de tempo ela se tornar dominante. Em cerca de um mês já deve prevalecer sobre outras no monitoramento", disse o infectologista Marcus Lacerda, da Fiocruz-AM.

Segundo ele, há muitos indícios de que a P.1, sigla dessa variante específica do vírus , é de fato um subtipo do vírus com maior capacidade de transmissão.


Anteontem à noite, uma equipe internacional com participação da USP, Universidade de Oxford, King's College e Universidade Harvard publicou artigo sobre o tema. Encabeçados por Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da USP, a P.1 é apontada como uma das principais suspeitas pela escala arrasadora da segunda onda de Covid-19 que varreu Manaus.


De maio a dezembro, os manauaras praticaram pouco isolamento social sem que o vírus tenha se disseminado muito. A explosão de casos ocorrida em janeiro de 2021, que provocou um segundo colapso do sistema de saúde do município, e também do estado, coincidiu com a emergência do P.1, sugerindo uma ligação.


O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta também se manifestou sobre o assunto e disse, em entrevista à TV Cultura, que a variante do novo coronavírus detectada primeiramente em Manaus pode provocar uma megaepidemia no Brasil em 60 dias.


Segundo Mandetta, a transferência de pacientes da capital amazonense para outros estados e a falta de controle podem "plantar" a nova cepa em todo o território brasileiro, agravando a situação da pandemia no Brasil. Há indícios de que a variante aumenta a transmissibilidade do vírus.


"A quinta crise (que estamos enfrentando) é essa história dessa cepa, dessa variante em Manaus, que o mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil e o Brasil está, não só aberto normalmente, como está retirando paciente de Manaus e mandando para Goiás, mandando para a Bahia, mandando para outros lugares sem fazer os bloqueios de biossegurança", disse.

As outras quatro crises enfrentadas pelo Brasil ao longo da pandemia apontadas por Mandetta na entrevista foram as seguintes a sabotagem do presidente Jair Bolsonaro ao sistema de saúde foram as seguintes:


1. A sabotagem do presidente Jair Bolsonaro ao sistema de prevenção


2. A defesa do uso da cloroquina que "contaminou a política do tratamento".


3. Pouco alcance da testagem


4. O discurso desestimulante de Bolsonaro à vacina.


A cepa brasileira tem origem ligada a Manaus, cidade que vive um colapso do sistema de saúde por causa da explosão no número de casos. Ela foi identificada pela primeira vez no dia 9 de janeiro, em viajantes que chegaram ao Japão depois de passarem pela capital amazonense.

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