O advogado Ricardo Wagner fala sobre a decisão do ministro Edson Fachin sobre Lula e a Lava Jato

O Advogado comenta que para muitos juristas era clara a politização do sistema judiciário em relação ao julgamento de Lula, que a intenção era única e exclusiva de tirá-lo das eleições de 2022.

Foto: Oxente Brasil / Joilson Santana

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Sem dúvida a decisão do ministro Fachin nesta segunda-feira, 08, abalou o país. A anulação de todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) nas ações penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou mais uma vez o Brasil dividido.

Quando o assunto é os ex-presidente Lula, sempre movimenta o país, gostando dele ou não. Mas pra compreender melhor a proporção da decisão, a Rádio Shallon convidou nesta sexta-feira o advogado criminalista, Ricardo Wagner, que nos deu um panorama geral do que significa está resolução.

O Advogado comentou que para muitos juristas era clara a politização do sistema judiciário em relação ao julgamento de Lula, que a intenção era única e exclusiva de tirá-lo das eleições de 2022. “A intenção era justamente afastar o ex-presidente Lula do pleito eleitoral de 2022”.

Com a decisão de Fachin, Ricardo diz que, o processo contra Lula está zerado e que para condená-lo terá que ter um novo julgamento, começando pela 1° instância. O que significa que a partir da anulação do processo, Lula pode ser candidato.

“A partir de hoje Lula pode ser candidato, não existe contra ele nenhuma condenação mais, tendo em vista, que essa decisão (de Fachin) decreta a incompetência do juiz (Moro), todos os atos produzidos em Curitiba durante esses quatro anos, foi decretado nulo ou seja a decisão de Moro caiu por terra”, disse.

O jurista também comentou das conversas que foram vazadas pelo Intercept, o que macula ainda mais a Operação Lava Jato e a imagem do ex-juiz Sérgio Moro, no qual, conversa, troca ideia e orienta Dallagnol e equipe, o que de forma alguma poderia acontecer, provando a imparcialidade do processo.

Assista à entrevista completa: