Operação com 25 mortos no Jacarezinho é a mais letal da história do Rio
- Oxente PB
- 6 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
A identidade de 24 mortos não foi divulgada.

Foto: Reprodução / Internet
A operação da Polícia Civil na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio, já é ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. A operação registrou ao menos 25 mortos —entre eles, um policial baleado na cabeça. A identidade de 24 mortos não foi divulgada.
Após denúncias de violações e execuções extrajudiciais durante a operação policial, grupos de defesa dos direitos humanos foram ao Jacarezinho. Até hoje, a ação formal com maior número de vítimas havia ocorrido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando houve 23 mortos em 1998. No Complexo do Alemão, em 2007, uma operação deixou 19 mortos. A letalidade da operação no Jacarezinho também superou a Chacina de Vigário Geral, em 1993, quando 21 pessoas foram mortas por um grupo de extermínio formado por policiais.
A maior chacina ocorrida no estado do Rio de Janeiro foi a Chacina da Baixada: em 2005, um grupo de policiais que atuavam como uma espécie de grupo de extermínio matou 29 pessoas, incluindo mulheres e crianças, em diversos pontos dos municípios de Nova Iguaçu e Queimados.
A investigação teve início a partir de informações repassadas à DPCA de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território, o CV (Comando Vermelho). Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e até sequestros de trens da Supervia O policial civil morto durante a operação foi identificado como André Leonardo de Mello Frias, que atuava na Dcod (Delegacia de Combate às Drogas).
O que diz a Polícia Civil
A Polícia Civil do Rio de Janeiro responsabilizou o que chamou de "ativismo judicial" pela morte do agente André Frias. "O sangue desse policial que faleceu em prol da sociedade de alguma forma está nas mãos dessas pessoas e entidades", disse o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil. Questionado pelo UOL se a crítica era direcionada ao STF, que restringiu operações policiais durante a pandemia no Rio, Oliveira negou que se referisse ao Tribunal.
Ao falar sobre a operação policial mais letal do Rio, o delegado Felipe Curi, do DGPE (Departamento Geral de Polícia Especializada), referiu-se a suspeitos mortos como "homicidas" ao citar que foram baleados em troca de tiros com os agentes.
"Não tem nenhum suspeito aqui. A gente tem criminoso, homicida e traficante", disse. "O que causa muita dor na gente é a morte do nosso colega", afirmou.
Fonte: UOL
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