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Servidores da educação de CG decidem não retomar aulas presenciais, nem no modelo híbrido

  • Foto do escritor: Oxente PB
    Oxente PB
  • 30 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Enquanto isso, a categoria também reivindica condições ideais para o ensino remoto, com garantia de equipamento e assessoria tecnológica adequada.

Foto: Ascom

Os servidores da educação de Campina Grande não retomarão as aulas presenciais, nem no modelo híbrido, proposto pela Prefeitura Municipal (PMCG). A decisão foi reforçada durante duas assembleias virtuais, realizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), na manhã e na tarde desta quinta-feira, 29.


Desta maneira, considerando o aumento absurdo nas mortes por Covid-19 e a ausência de plano de retorno e de qualquer condição de segurança para trabalhadores e alunos, a categoria mantém posicionamento da assembleia realizada no dia 01 de fevereiro, de que as aulas presenciais só serão retomadas após vacinação em massa dos trabalhadores e da população, e mesmo neste cenário, somente com um planejamento muito bem elaborado para uma retomada de fato segura. Enquanto isso, a categoria também reivindica condições ideais para o ensino remoto, com garantia de equipamento e assessoria tecnológica adequada.


A primeira das assembleias aconteceu de manhã e contemplou os servidores técnicos e do magistério. A segunda, durante a tarde, contemplando os servidores de apoio. Nas duas ocasiões, o presidente do Sintab, Giovanni Freire, reforçou que não há nenhuma condição para o retorno das aulas presenciais, ainda que no modelo híbrido.

“Visitamos as 10 escolas que estão sendo anunciadas pela Prefeitura para o modelo híbrido, para construção de um laudo sobre as condições de segurança. Constatamos que as escolas não oferecem segurança para o retorno presencial ainda que de forma híbrida. Protocolamos nosso relatório junto ao MP e a nossa posição e a da categoria é de não retornar, pela saúde e pela vida dos trabalhadores, estudantes e familiares”, destacou.

A vice-presidente Monica Santos também comentou a falta de segurança para o retorno neste momento.


“Nas 10 escolas nós medimos sala, cozinha, banheiro, tiramos foto de tudo, foi um trabalho minucioso. Constatamos parte de teto caindo, salas sem ventilação, entre vários outros problemas de estrutura. Praticamente um ano de escolas fechadas e pouca coisa foi feita, infelizmente. Por isso a gente vai lutar para todos permanecerem em aulas remotas! Nós estamos a cada momento recebendo notícias de pessoas morrendo e a gente tem que zelar pela saúde e pela vida do trabalhador”, denunciou.

Este descaso com a estrutura das escolas da rede municipal de Campina também foi destaque na fala do diretor de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá.

“Tiveram muito tempo para reformar as escolas, mas não estão preocupados com os estudantes nem com os trabalhadores. Outra questão é fome, ‘cadê’ a merenda das crianças, perguntei quanto tem de dinheiro arrecadado para merenda mas o secretário de Educação não soube responder. A gente segue tendo reuniões sem resolutividade nenhuma, o servidor vive o maior retrocesso da história”, acrescentou.

Além da pauta central, em defesa da vida, com a vacinação em massa da população, outras importantes reivindicações da categoria continuam travadas e reforçaram a decisão pelo não retorno às atividades presenciais, como a gratificação para os servidores de apoio, diante da pandemia e o 14º salário da educação.

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