Vereador Olimpio Oliveira se coloca contra uso de banheiros em escolas pela "ideologia de gênero"
- Oxente PB
- 5 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Está semana uma decisão do TJPB, levou o vereador Olímpio Oliveira (PSL) a tribuna da CMCG a expor sua indignação.

Foto: Ascom
Está semana uma decisão do TJPB, levou o vereador Olímpio Oliveira (PSL) a tribuna da CMCG a expor sua indignação em relação às crianças. O Tribunal julgou inconstitucional a lei nº 7.520/2020 do Município de Campina Grande que proíbe a interferência da 'ideologia de gênero' nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental da cidade, no que diz respeito ao uso de banheiros, separados pelo sexo biológico.
O vereador esteve nesta sexta-feira, 5, na Rádio Shallon e disse não entender como a resolução de um conselho tem força de lei, já que quem faz as leis é o Congresso Nacional.
“Nós temos essa decisão esdrúxula em que um conselho delibera com força de lei, essa resolução, inclusive tem mais força que a Constituição Federal”.
E o vereador cita o art. 227, que entre os direitos da criança está colocá-las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
No entanto, segundo o parlamentar, a resolução vai de encontro ao que está na Constituição, pois negligencia a segurança da criança ao colocá-la em um lugar privado com um adulto de sexo biologicamente oposto. Por várias vezes o vereador levantou a questão se é prudente, razoável, se é de bom senso permitir esse tipo de situação. "Quem pode garantir a verdadeira intensão daquele adulto?"
O TJPB entendeu que não é competência do município, legislar sobre esse tipo de assunto, no entanto, Olímpio contesta e disse que segundo a Constituição Federal é obrigação do vereador e do prefeito legislar sobre temas de disposição da cidade, e as escolas locais são de interesse e competência o município.
No entanto, o parlamentar diz não está enfrentando apenas uma decisão do Tribunal, mas todo um grupo articulado em uma ideia.
“A gente sabe que há um lobby poderoso desse movimento, estão infiltrado nos poderes, infiltrado na mídia, na imprensa, então é muito difícil se enfrentá-los.
E continua...
“Essa resolução é tão agressiva, que é permitido que a criança e o adolescente se exponham a essa situação, independentemente da autorização dos pais. Aí vem meia dúzia que se reúne no conselho e tira a autoridade do pátrio poder, tiram a autoridade do pai e da mãe e pronto”.
O vereador deixa claro que não tem nada contra a opção sexual de ninguém. Sua questão é a exposição, vulnerabilidade da criança e do adolescente diante de decisões pautadas na "ideologia de gênero".
"Ideologia de gênero" é um tema polêmico, divide alguns, une outros. Alguns se dividem entre as ciências biológicas e ciências humanas. A questão não é o que se faz na vida adulta, opção sexual é um direito e deve ser respeitado. O que muitos questionam é o porquê de levar isso às crianças, essa exposição que chega a colocar a vida de um ser que ainda não responde por si, em detrimento de agradar um grupo, para satisfazer o ego de quem se define por ideologia.
Assista à entrevista completa:
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